Papa aos que têm a coragem de amar e se casar: “Deus os abençoe mil vez por isso!”

“Os esposos são chamados a viver a radicalidade de um amor que, iluminado pela fé, restabelece a reciprocidade da entrega e dedicação segundo o projeto original de Deus para a humanidade”

ROV_0636O Papa Francisco louvou àqueles que têm a coragem de amar e se unir em matrimônio, um “tesouro” e “recurso essencial” para o mundo.

O Papa explicou na sua catequese semanal aos peregrinos, na Praça de São Pedro, que o casamento não é simplesmente uma cerimônia, bela e ornamentada, que se realiza na igreja, mas um sacramento que gera uma nova comunidade familiar que edifica a Igreja.

O Papa Francisco citou o Apóstolo Paulo, quando fala deste sacramento como um “grande mistério”, a imagem do amor entre Cristo e a Igreja. “Trata-se de uma analogia imperfeita”, explicou Francisco, mas que nos ajuda a entender seu sentido espiritual “altíssimo e revolucionário”.

O marido, diz Paulo, deve amar a mulher “como o próprio corpo”, amá-la como Cristo amou a Igreja e deu a si mesmo por ela. Perguntou aos maridos presentes na Praça de São Pedro se eles tinham consciência dessa responsabilidade. “Isso não é brincadeira, é serio”, disse.

Por isso, os esposos são chamados a viver a radicalidade de um amor que, iluminado pela fé, restabelece a reciprocidade da entrega e dedicação segundo o projeto original de Deus para a humanidade.

O Papa perguntou aos fiéis: “Aceitamos profundamente este elo indissolúvel da história de Cristo e da Igreja com a história do matrimônio e da família humana? Estamos dispostos a assumir seriamente esta responsabilidade?”

Neste sentido, a Igreja participa plenamente na história de cada casal cristão: alegra-se com os seus êxitos e sofre com os seus fracassos. Isso é assim porque os esposos participam na missão da Igreja justamente enquanto esposos, dando testemunho da sua fidelidade corajosa à graça deste sacramento. “Por isso digo aos recém-casados que são corajosos, porque é preciso coragem para amar-se como Cristo amou a Igreja”.

A Igreja, acrescentou Francisco, necessita deste sacramento para oferecer a todos os dons da fé, do amor e da esperança.

“São Paulo tem razão: trata-se de um grande mistério! Homens e mulheres, suficientemente corajosos para levar este tesouro nos vasos de argila da nossa humanidade, são um recurso essencial para a Igreja e para o mundo. Deus os abençoe mil vez por isso!”

                                                                                                                                                                                                    (Rádio Vaticano)