Testemunho do Acampamento para Noivos

Dizem que a melhor sensação da viagem é a de retornar para casa…

Por melhores que sejam os destinos pelos quais temos a oportunidade de perpassar, nada substitui o conforto e a segurança de termos um lar.

Vivi no último fim de semana uma experiência que mesclou as sensações, ao mesmo tempo em que eu explorava os diferentes destinos existenciais pelos quais o Acampamento me levava, eu vivia junto à minha noiva a oportunidade de consolidar as estruturas do nosso lar.

Retirar-me é uma prática que me acompanha desde os meus 12 anos de idade, sempre fui estimulado a olhar para dentro e me deparar com as minhas questões, entretanto pela primeira vez em um retiro/acampamento eu fui provocado a olhar mais pra fora que pra dentro, a pensar mais em nós em que em mim. Não que os ensinamentos e as experiências até então fossem egoístas, não se trata disso, contudo eram para fortalecer o papel do indivíduo (eu) nas dimensões espiritual, social, humana nas quais estou inserido.

Dessa vez foi MAIS. A experiência nos levou (minha noiva e eu) a entender com mais clareza a importância e a grandeza do passo que estamos dando. Não é uma simples troca de afeto, não é uma convenção social, não é uma mera expressão de amor. Estamos caminhando para construir uma FAMÍLIA! Uma construção que passa pelo material: fazer casa, pagar festa, arrumar a cerimônia, ver roupa, padrinho, madrinha, padre, música etc. Passa pelo social: Vamos unir os nossos sobrenomes e nossas famílias, vamos dividir nossos bens e assumir novos papeis sociais. Passa pelo espiritual: Vamos assumir diante de Deus e da Igreja um compromisso indissolúvel e recebermos uma benção sacramental, um sinal visível da presença de Deus! Uaaaau, que responsa!

Esse resumidamente é o caminho que se faz necessário para construir um LAR (com letras maiúsculas). Se não há nada melhor que ter um lar, que tal um acampamento que te ensine como construí-lo alicerçado da melhor maneira possível? Essa foi a minha experiência, a de ser alertado para o fato de que uma bela casa, por mais bela que possa ser construída sobre a areia vai desmoronar na primeira tempestade. Mas uma casa construída sobre a rocha, essa sim, pode vir a tempestade que for, podem vir as tribulações que vierem, a casa permanecerá firme!

Nós tivemos a oportunidade de tocar a Rocha sobre a qual construímos nosso lar e nos deixamos tocar por essa Rocha. Rezamos um pelo outro, enfrentamos juntos desafios, superamos limites, sentimos dores e cansaço, fizemos planos, dialogamos, rimos e nos divertimos. Uma grande e bonita viagem, que tinha em si o gosto do retorno para a casa. Era como se tudo fosse uma só coisa: a partida, o destino e o caminho! Assim são as coisas de Deus, não é por acaso que Ele é o Alfa e Ômega, o princípio e o fim. O Acampamento de Noivos foi o princípio que nos evidenciou o nosso fim, a nossa finalidade: o matrimônio! Uma verdadeira máquina de produzir felicidade!

Com o coração repleto de alegria eu digo e repito quantas vezes for: eu acredito na FAMÍLIA! Registro o agradecimento a todos dessa equipe que com muito carinho nos proporcionaram uma incrível experiência de descoberta e de amor, com uma simplicidade característica do próprio Deus, aquela que alcança o coração, sabe? A você caro leitor, que está namorando, em um noivado, que é casado, está numa união estável, seja como for, eu lhe faço de forma ousada um convite: conheça o projeto casais restaurados. Sua experiência de amor será literalmente restaurada, acredite!

Por fim, partilho que ter uma casa é um Dom. Um presente. É o mistério de que alguém recebeu de Deus um chamado vocacional para se unir a você (No caso do matrimônio) ou a te gerar (na experiência da paternidade e da maternidade), mas todo dom é também uma tarefa. Não se experimenta a melhor sensação da viagem que é o retorno a casa quem não trabalha na construção dela. A construção começou esse fim de semana, estamos em obra com o Espírito Santo trabalhando em nós, é só o início do processo: o melhor ainda está por vir! Que venha o grande dia!

 

Rodrigo (Moco) e Tatá (Quitandinha)